20 janeiro 2011

Projeto "Parque para brincar e pensar"



Grupo Contrafilé e Ponto de Cultura Arte Clube (JAMAC)

(...) potencializada pela idéia de tornar a cidade disponível para todos os grupos, a prática crítica inclui dentre seus propósitos estéticos o desafio a certos códigos de representação dominantes, a introdução de novas falas e a redefinição de valores como abertura de outras possibilidades de apropriação e usufruto dos espaços urbanos físicos e simbólicos.[1]

OBJETIVOS

Parque para brincar e pensar é um projeto de pesquisa e intervenção urbana que tem como foco trazer à luz a necessidade[2] de relação entre diferentes gerações na forma de habitar e pensar os espaços comuns da cidade. Quais são hoje os espaços de encontro entre diferentes gerações e grupos? De que forma geramos como sociedade nossos próprios ambientes? O que significam as brincadeiras na nossa formação como adultos?

Durante três meses, o Parque para brincar e pensar se constituirá como um acontecimento junto ao Ponto de Cultura Arte Clube (JAMAC) e a comunidade do Jardim Santo André, na Grande São Paulo, onde o JAMAC atua desde 2008. Neste tempo-espaço, um brinquedo gigante – com a escala da cidade – e outros pequenos brinquedos e jogos periféricos serão inventados, construídos e instalados, dentro de um processo criativo que, em si, será um verdadeiro território de invenções no qual o maior conteúdo será a brincadeira.

Este projeto parte de um trabalho artístico-reflexivo do grupo Contrafilé[3], iniciado em 2005 e nomeado “A Rebelião das Crianças”, a partir do qual tornou-se perceptível que o direito à uma cidade plena, como construção social permanente, só se realiza quando diferentes grupos e gerações dialogam e constroem juntos devires - ao imaginá-los e executá-los.

A brincadeira está sendo aqui entendida como prática, mas também como metáfora de uma forma muito particular e bastante saudável para o rompimento dos muros e segregações sociais, geracionais e espaciais tão arraigados em nossa sociedade - e na atualidade global de modo geral -, ao inscrever-se como espaço de elaboração de diversas camadas de vida, tanto individuais quanto coletivas, tanto subjetivas como objetivas.

Para a construção do Parque para brincar e pensar artistas e comunidade serão convidados a dar forma a novos brinquedos públicos, enquanto passeiam por lembranças de suas brincadeiras de infância e atualizam o lugar da criança e do jovem hoje. Pensar fazendo e fazer pensando: que territórios sociais, culturais, físicos e simbólicos as brincadeiras constituem?

Nos brinquedos do Parque para brincar e pensar, a “pintura expandida” ou “paredes-pinturas” desenvolvidas pelo Ponto de Cultura Arte Clube (JAMAC) que, como diz Mônica Nador, “oferecem aos indivíduos a oportunidade de perceber a prática contemporânea da pintura como um território sem fronteira nem hierarquia”, ganhará nova tridimensionalidade, ao mesmo tempo sendo renovada e renovando os próprios brinquedos.

Para a construção deste grande Parque para brincar e pensar, o Contrafilé e o Ponto de Cultura Arte Clube propõem misturar suas estratégias e conhecimentos artísticos, focados durante anos na transformação e valorização da cidade como espaço humanizado, para criar junto à comunidade do Jardim Santo André um novo grupo de trabalho que surgirá a partir de uma experimentação conjunta.


JUSTIFICATIVA

Cidade para brincar e pensar
O Contrafilé, formado por artistas que vivem na cidade de São Paulo, investiga e produz arte tendo como campo privilegiado de trabalho a cidade e o espaço da rua; desenvolve trabalhos de intervenção pública misturando técnicas de performance, instalação, escultura e narrativas poéticas, promovendo encontros criativos com diferentes pessoas, grupos e comunidades.

Sob a hipótese de que vivemos em uma sociedade na qual a presença da criança e da juventude se ancoram, por um lado, nas imagens de futuro e fonte de energia vital e, por outro, na imagem de um perigo potencial, é uma tarefa não só importante como necessária, no caminho de transformar os estigmas que moldam os espaços identitários, gerar experiências transgeracionais de produção crítica.

As experiências nomeadas aqui como “transgeracionais” questionam e buscam superar aquelas nas quais adultos ensinam e crianças e jovens aprendem. É um tipo de experiência que instaura um território de existência no qual todos, neste caso, brincam juntos (tanto ao imaginar o brinquedo que irão construir como ao experimentá-lo) e, ao fazê-lo, colocam-se como corpos frágeis em estado de criação. É, portanto, um território onde um enxerga e aprende sobre o outro e, assim, tem condições de compreender melhor o estado do mundo atual, respeitá-lo, transformar-se e transformá-lo.

A condição das crianças contemporâneas é uma condição carregada de uma espécie de maturidade. Um saber fazer, um saber estar no mundo, um saber orientar-se quando existem muitos imprevistos, quando não existem regras precisas. Este saber deles hoje é uma referência para compreender o mercado de trabalho, a precariedade e a imprevisibilidade dos usos e costumes contemporâneos.[5]
Nesta pesquisa, o Contrafilé tem envolvido em seu trabalho, por meio de debates, criação de símbolos e utilização de linguagens artísticas, diversos teóricos, educadores, jovens e artistas que exercem papel de destaque nas situações analisadas pelo grupo.

Nas performances e ações poéticas que vem desenvolvendo no território da cidade, o corpo aberto a inesperados encontros, as relações tecidas, as imagens criadas e as narrativas vividas constituem uma busca por experimentar a cidade como campo de ação, de possibilidades criadoras, onde podem ser re-inscritas as histórias cotidianas. A cidade é, portanto, um grande Parque, lugar de brincadeiras que, apesar de divertidas, revelam-se como muito sérias na medida em que ora questionam, ora evidenciam a sociedade e a nós mesmos.

O grupo trabalhou algumas vezes criando jogos com crianças que vivem nas ruas. Situações que revelaram, ao contrário do estabelecido no imaginário social, aqueles meninos e meninas são crianças e não criminosos, criando uma espécie de estranhamento por quem passa na rua. Dentre estas brincadeiras, instalávamos balanços em viadutos da cidade, nos quais brincavam em meio ao caos. Os lugares escolhidos eram estratégicos: ao mesmo tempo que destacavam a situação que ali ocorria e todas as tensões que ela envolvia, criavam uma imagem visualmente inquietante.

Em 2008, como decorrência deste percurso, o grupo construiu um balanço de bambu gigante no parque do Ibirapuera. Achávamos que apenas crianças seriam convocadas a brincar, porém nos surpreendemos ao ver filas de pessoas de todas as idades sendo formadas e todos brincando juntos.

O brinquedo e o brincar formam um par dialético que traduz o relacionamento entre o adulto e a criança. Enquanto o brinquedo, ao longo da história cultural, representa a proposta pedagógica do educador, o brincar expressa a resposta da criança. Na imprevisibilidade de suas reações, esta preserva sua autonomia.[6]
Poderíamos nos perguntar qual a diferença entre uma montanha-russa na qual pessoas de todas as idades brincam juntas e estes “brinquedos-obras” que aqui descrevemos e propomos construir. A principal diferença é o aproveitamento deste espaço de desejo e de diversão como espaço de troca, diálogo e invenção. É a expansão da situação, transformada em processo.

Nesta perspectiva da arte, podem ser também observadas e compreendidas as “paredes-pinturas” ou “pinturas expandidas” de Mônica Nador. Esta artista faz pessoas de diferentes idades desenharem juntos e brincarem de imaginar como querem que as figuras desenhadas ocupem o espaço. E, finalmente, brincam ao pintar as casas uns dos outros, subvertendo através de sua ação pedaços antes amorfos de cidade.

O direito à cidade não pode ser concebido simplesmente como um direito individual. Ele demanda um esforço coletivo e a formação de direitos políticos coletivos ao redor de solidariedades sociais.[7]
Os brinquedos dentro deste contexto se apresentam, por sua vez, como “esculturas funcionais”. As esculturas serão resultado de muitas pessoas pensando um brinquedo que gostariam de construir para a sua comunidade, alargando com isso a dimensão do espaço público. Funcionais no sentido de que este brinquedo, além de obra inédita, terá também um valor de uso. Usado, configura-se como dispositivo de diversão e de encontro, quebrando a distância entre adultos, crianças, jovens; entre artistas, arte e comunidade, provocando transformações nos percursos e vivências de todos os envolvidos.

Numa cidade onde os espaços do comum e da fantasia estão desvalorizados e o jogo da convivência é regido pelo valor imobiliário do mercado, bairros populares como o Jardim Santo André não são uma exceção. Em nossa atualidade as pessoas se vêem fora da possibilidade de se pensarem criadoras e gestoras de seu próprio ambiente. Assim, o Parque se apresenta como lugar possível para a elaboração de outra visão da realidade, onde cada um, como parte de um coletivo, será responsável e criador de seu ecossistema.


METODOLOGIA

Disparadores alfabetizadores políticos

É no fragmento de tempo do processo repetitivo produzido pelo desenvolvimento capitalista, o tempo da rotina, da repetição e do cotidiano, que essas contradições fazem saltar fora o momento da criação e de anúncio da História – o tempo do possível. E que, justamente por se manifestar na própria vida cotidiana, parece impossível. Esse anúncio revela ao homem comum, na vida cotidiana, que é na prática que se instalam as condições de transformação do impossível em possível.[8]
A metodologia privilegiada para a criação do Parque para brincar e pensar será a imersão nas problemáticas situacionais da comunidade envolvida e do Ponto de Cultura Arte Clube. Será este o ponto de partida para que os envolvidos possam construir novos discursos, relações e formas que desembocarão no Parque, criando com isso uma multiplicidade de representações, soluções criativas e performáticas.

É também importante ressaltar a forte influência das idéias do educador Paulo Freire na experiência do Contrafilé. De 2005 a 2007 o grupo manteve encontros quinzenais com a educadora Fátima Freire (filha de Paulo Freire e atualizadora de seu pensamento), o que gerou como resultado uma configuração singular no processo de constituição de cada um de seus integrantes. Esta singularidade tem em sua base a capacidade de entender rapidamente o quanto a experiência cultural e a experiência educativa podem ser indivisíveis e, neste sentido, como a arte pode constituir-se como um espaço educativo e auto-educativo, de reinvenção criativa de mundos e relações.

Estas estratégias que vocês criam são ‘disparadores alfabetizadores políticos’, instrumentos disparadores de uma politização, de uma tomada de consciência política que atinge, em primeira instância, a nós mesmos quando nos ligamos ao entorno e nos posicionamos, saímos de cima do muro. (...) Ou nos posicionamos no sentido de “ser mais gente” e deixar com que os outros também sejam; ou nos posicionamos, no nosso comportamento, nas nossas ações, no nosso engajamento, no sentido de “ser menos gente”[9].

O Parque para pensar e brincar parte, portanto, da crença de que a elaboração coletiva dos conflitos com todas as suas contradições e mistérios, possa ampliar as possibilidades de sua compreensão ao criar um espaço de fala, escuta, ação e reflexão.



CRONOGRAMA DE AÇÕES

MÊS I: que territórios as brincadeiras formam?
· Mobilização e formação de um grupo de trabalho envolvendo adultos, jovens e crianças (do grupo Contrafilé, do Ponto de Cultura e moradores do Jardim Santo André);
· Levantar histórias de brincadeiras (do passado e do presente) dos participantes através de jogos e performances;
· Montar uma cartografia sobre o que cada um entende por brincar;
· Pensar, a partir do fazer e do brincar, que territórios as brincadeiras produzem na sociedade e quais influências e conseqüências têm sobre o território físico na invenção da cidade, seus fluxos e relações;
· Iniciar o projeto do brinquedo gigante (seu desenho, possíveis formas e materiais), tendo toda a comunidade do Jardim Santo André como território para sua instalação;
· Abrir um blog na internet para sistematizar o processo criativo vivido (primeiras postagens: apresentação do projeto, seus conceitos, objetivos, parceiros e registros da experiência do primeiro mês de trabalho).

MÊS II: brinquedo na escala da comunidade
· Produção de materiais para a construção coletiva do brinquedo gigante;
· Construção coletiva do brinquedo;
· Alimentar o blog com o processo vivido no segundo mês.

MÊS III: disparador alfabetizador político
· Instalação do brinquedo no território físico do Jardim Santo André;
· Uso do brinquedo – quais brincadeiras são inventadas a partir de sua instalação?;
· Avaliação coletiva da experiência;
· Sistematização dos registros finais (audiovisuais e reflexivos) no blog;
· Relatório final.


INTERAÇÃO E INTEGRAÇÃO COM O PONTO DE CULTURA

O JAMAC pode ser pensado como um ateliê aberto, que funciona como uma zona de atração, acolhimento, debate, treinamento técnico e produção de obras. Mônica Nador pretende recuperar a vivência estética experimentada pelo artista cercada por outros artistas.[10]

Ao longo dos últimos anos, os artistas do grupo Contrafilé encontraram em diferentes situações a artista Mônica Nador. Em todas elas, por admiração mútua e percepção da afinidade de pensamentos, ações e valores, surgiu um forte desejo de fazer “algo juntos”.

São muitos os pontos em comum entre os artistas do JAMAC e do Contrafilé, na forma de agir no mundo e de compreender a arte - como fluxo de saberes e fazeres que certamente colaboram para o desenvolvimento humano, como criação coletiva capaz de mobilizar o potencial político e poético de pessoas e comunidades.

Também se afinam na compreensão do amplo significado de Política: aqui entendida como invenção de territórios, de vínculos comunitários que, se fortalecidos, são capazes de gerar transformações reais.

Neste sentido, os dois coletivos de trabalho ancoram as suas ações na realidade, partindo tanto de dimensões visíveis quanto invisíveis nela presentes, para a elaboração do potencial crítico e criativo dos trabalhos de arte. Os desenhos que transbordam nas comunidades a partir das provocações dos integrantes do JAMAC são, como diz Mônica Nador, símbolos ancestrais, que fazem parte do imaginário daqueles que participam, de seus desejos, de sua memória. Portanto, o que fazem a artista e todos aqueles formados por ela no JAMAC é colaborar para que estes universos de poesia, geralmente dispersos e sujeitos à invisibilidade, se tornem visíveis.

O grupo Contrafilé também trabalha a partir deste tipo de experiência, pois acredita que na materialização de símbolos que fazem parte do imaginário social, inscritos como intervenções artísticas em diferentes territórios, é possível problematizar a vida na cidade para transformá-la.

No projeto Parque para brincar e pensar, estes dois coletivos artísticos poderão experimentar, juntos, uma nova intervenção. Pretendem somar as suas experiências com trabalhos de criação coletiva, de transformação de imaginários em símbolos inscritos no espaço urbano, de contato com juventude e com comunidades, para problematizar a figura da criança, do jovem e do encontro entre gerações em nossa atualidade.

A integração entre os dois coletivos, Contrafilé e JAMAC, se dará, portanto, na soma de saberes e fazeres: por um lado, o JAMAC já construiu uma relação de confiança com a comunidade do Jardim Santo André e tem toda uma elaboração que relaciona uma linguagem extremamente sofisticada tecnicamente (pintura expandida) com os desejos de uma comunidade. Por outro, o grupo Contrafilé traz como bagagem a experiência de produzir símbolos em diversas linguagens mobilizados pelos desejos e imaginários de diferentes comunidades.

Na integração, os dois pretendem construir brinquedos a partir das idéias e histórias da comunidade do Jardim Santo André. Qual o parque que pode surgir a partir desta interação? Como as pinturas podem ajudar a constituir os brinquedos e estes darem vazão a novas pinturas? Como a escuta para a diversidade de referências de brinquedos e brincadeiras pode colaborar para a construção de um território de libertação?

É partindo destas indagações e de uma base de valores muito convergentes que agora JAMAC e Contrafilé se unem para construir “brinquedos-pinturas”.


IMPACTO SOCIAL DA PROPOSTA

Como diz Mauro de Castro, colaborador do JAMAC,

Como projeto que contempla o sensível, talvez o JAMAC não cumpra, por si só, o papel de reverter todas as mazelas de uma sociedade perversa, inadequada e excludente que penaliza continuamente e de maneira severa uma juventude carente de oportunidades, impedindo-a de sonhar e viajar além da incansável disputa pela sobrevivência. O JAMAC entretanto, materializado com a tenacidade de Mônica Nador, representa aquela pedra lançada ao lago que espraia ondas e interfere, mesmo que sutilmente, no comportamento de tudo que está nos limites das ondas que reverberam.[ii]

Entendemos que o Parque para brincar e pensar, na integração de inúmeros saberes e fazeres de seus realizadores, tem como objetivo criar uma intervenção poética reveladora da realidade do Jardim Miriam, com todas as suas contradições e, ao mesmo tempo, descobridora de sonhos, perspectivas e projetos de futuro. Assim, o Parque se configurará como um grande símbolo, daquilo que é e, ao mesmo tempo, daquilo pode vir a ser.

Ao longo dos três meses de trabalho, em todas as atividades desenvolvidas, teremos como foco colocar em prática formas de atuação que promovam a criatividade coletiva, através de um processo que, em si mesmo, seja uma intervenção viva e criativa, capaz de criar novos enlaces, escutar diversas narrativas, promover encontros inesperados e apontar novos caminhos para pensarmos a relação entre a arte e o campo social.

O projeto colaborará no processo de elaboração de um grande “brinquedo-pintura”, assim como na apropriação e maturação do processo criativo e reflexivo por cada participante – crianças, jovens e adultos da comunidade do Jardim Santo André, do JAMAC e Contrafilé.

O projeto será um microcosmos referencial do pensamento e da situação da juventude e infância hoje, disparando perguntas, hipóteses e formas possíveis de representação através da arte, tendo em vista gerar um processo inovador e potente na proliferação de discussões e novas formas criativas.

[1] Pallamin, Vera M., Arte Pública como Prática Crítica (pg. 107) in Cidade e Cultura: esfera pública e transformação urbana, Pallamin, Vera M. (org). São Paulo: Editora Estação Liberdade, 2002.
[2] Necessidade compreendida aqui como “necessidades radicais”. Segundo a filósofa Hanna Arendt, este é um tipo de necessidade que, para que seja suprida, precisa haver uma transformação real na sociedade.
[3] A artista Joana Zatz Mussi é integrante fundadora do grupo Contrafilé, coletivo de arte urbana que trabalha criando intervenções no espaço público, principalmente em São Paulo, desde 2000. Ver material em anexo. Nos últimos anos o grupo vem desenvolvendo várias experiências de jogos e brinquedos, tendo como obra mais expressiva a instalação de um balanço gingante, de 15 metros de altura, construído em bambu e instalado no Parque Ibirapuera em 2008. (Ver material em anexo).
[4] O “novo” que nasce, física e biologicamente, é comparável – segundo Hannah Arendt – com uma ação política impensada. Paolo Virno em “Un Elefante en La Escuela: pibes y maestros del conurbano”, Taller de los sábados, Ed. Tinta Limón, Buenos Aires, 2008.
[5] Idem nota 1.
[6] Walter Benjamin em “Reflexões sobre a Criança, o Brinquedo e a Educação”, Ed. 34, São Paulo, 2002.
[7] Harvey, David, A liberdade da cidade (pg. 15) in Urbânia 3. São Paulo: Editora Pressa, 2008.
[8] Martins, José de Souza, “O senso comum e a vida cotidiana” in A sociabilidade do homem simples. São Paulo: Hucitec, 2000.
[9] Fátima Freire em entrevista com Contrafilé, publicada no catálogo do Festival de Arte Jovem "Qui Vive? - Formas e Conteúdos do Dissenso – Estratégias de Auto-Educação", Centro Nacional de Arte Contemporânea de Moscou.
[10] Miguel Chaia, professor e pesquisador do Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política da PUC-SP.



[i] Harvey, David. “A Liberdade da Cidade”. Revista Urbânia 3, Ed. Pressa, 2008.
[ii] Mauro Pinto de Castro, morador do Jardim Mirian, integrante do Coletivo Consulta Popular e colaborador do JAMAC.

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